Comerciantes, negociantes e escravos: a história por trás do controverso álbum de Brymo
Em 2013, o cantor nigeriano Brymo lançou seu terceiro álbum de estúdio Merchants, Dealers & Slaves (M, D & S), um projeto ousado e ousado que desafiou o status quo da indústria da música e da sociedade em geral. No entanto, o álbum também estava atolado em polêmica, pois foi lançado em meio a uma batalha legal entre Brymo e sua antiga gravadora, Chocolate City. Neste artigo, exploraremos a história por trás de Merchants, Dealers & Slaves, desde sua concepção até sua recepção, e como isso moldou a carreira e a reputação de Brymo.
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Introdução
O que são comerciantes, negociantes e escravos?
Merchants, Dealers & Slaves é o terceiro álbum de estúdio do cantor nigeriano Brymo. Ele foi disponibilizado para compra como um download digital em 20 de outubro de 2013 e foi lançado seis dias depois que Chocolate City entrou com uma liminar contra Brymo. O título do álbum é inspirado em um livro de Olaudah Equiano, um ex-escravo que escreveu sobre suas experiências no século 18.[^3]
Por que foi controverso?
O álbum foi polêmico por vários motivos. Primeiro, foi lançado desafiando uma ordem judicial que impedia Brymo de lançar e distribuir qualquer trabalho musical fora de seu contrato com a Chocolate City. Em segundo lugar, abordou questões delicadas como corrupção, opressão, injustiça e identidade na Nigéria. Em terceiro lugar, desviou-se do som e estilo mainstream da música pop nigeriana da época. Quarto, recebeu críticas mistas de críticos e fãs, alguns elogiando sua originalidade e profundidade, enquanto outros criticando sua produção e coerência.
Antecedentes e questões contratuais
A saída de Brymo de Chocolate City
Brymo ingressou na Chocolate City em 2010, depois de impressionar M.I Abaga, vice-presidente da gravadora na época. Ele lançou seu primeiro álbum Son of a Carpenter em 2011 e seu segundo álbum The Son of a Kapenta em 2012 sob o rótulo. Ele também colaborou com outros colegas de gravadora, como Ice Prince, Jesse Jagz e Pryse. No entanto, as coisas azedaram entre Brymo e Chocolate City em 2013, quando ele anunciou no Twitter que se separou da gravadora. Ele alegou que não recebeu royalties por seu trabalho e acusou a gravadora de má administração e quebra de contrato.
Processo de Chocolate City contra Brymo
Chocolate City negou as acusações de Brymo e disse que ainda tinha um contrato válido com eles até 2016. Eles também disseram que investiram milhões de nairas em sua carreira e esperavam que ele cumprisse suas obrigações para com eles. Em 14 de outubro de 2013, eles entraram com uma liminar contra Brymo no Supremo Tribunal Federal de Lagos, impedindo-o de participar de qualquer empreendimento musical além dos limites de seu contrato. Eles também exigiram que ele devolvesse todos os bens que lhe deram, incluindo seu carro e sua casa.
Lançamento do álbum de Brymo, apesar da liminar
Brymo não atendeu à liminar e lançou Merchants, Dealers & Slaves em 20 de outubro de 2013. Ele disse que não teve escolha a não ser lançar o álbum porque não tinha outra fonte de renda e já havia gravado o álbum antes da disputa. Ele também disse que estava disposto a enfrentar as consequências de suas ações e acreditava ter um forte caso contra a gravadora. Ele expressou sua frustração e decepção com a gravadora e a indústria em geral, dizendo que se sentia um escravo e vítima da exploração.
Composição e recepção
Os temas e estilos das músicas
As canções de Merchants, Dealers & Slaves são principalmente introspectivas e socialmente conscientes, refletindo as lutas e observações pessoais de Brymo.Ele canta sobre sua busca por liberdade, felicidade e realização em um sistema corrupto e opressor. Ele também aborda questões como pobreza, violência, religião e amor. Algumas das canções são influenciadas por sua herança iorubá, como Eko, que elogia a cidade de Lagos, e Omoge Campus, que homenageia sua mãe. O álbum também mostra a versatilidade de Brymo como cantor e compositor, ao experimentar diferentes gêneros e linguagens.
A produção e instrumentação do álbum
O álbum foi inteiramente produzido por Mikky Me Joses, que também trabalhou nos álbuns anteriores de Brymo. A produção é minimalista e orgânica, contando principalmente com instrumentos ao vivo, como guitarras, baterias, teclados e metais. O álbum tem uma pegada crua e rústica, criando um contraste entre os vocais suaves de Brymo e os sons ásperos. O álbum também traz alguns samples de antigas canções nigerianas, como Trouble Sleep Yanga Wake Am on Down de Fela Kuti e Ololufe de Orlando Julius em Fe Mi.
A resposta crítica e comercial ao álbum
O álbum recebeu críticas mistas de críticos e fãs. Alguns elogiaram sua originalidade e profundidade, chamando-o de obra-prima e clássico. Eles elogiaram Brymo por sua coragem e criatividade e por entregar uma obra de arte significativa e madura. Eles também gostaram da produção e instrumentação do álbum, dizendo que foi revigorante e cativante. No entanto, alguns criticaram sua produção e coerência, dizendo que foi mal mixado e masterizado, e faltou direção e foco. Eles também reclamaram da duração e da qualidade de algumas músicas, dizendo que eram chatas e repetitivas. O álbum vendeu moderadamente bem, apesar dos problemas legais e da falta de promoção. Ele estreou no número 12 na parada do iTunes na Nigéria e foi indicado para Melhor Álbum de R&B/Pop no The Headies 2014.
Conclusão
O impacto e o legado dos comerciantes, negociantes e escravos
Merchants, Dealers & Slaves é indiscutivelmente um dos álbuns mais controversos e influentes da história da música nigeriana. Isso marcou uma virada na carreira e na reputação de Brymo, pois ele se estabeleceu como um rebelde e visionário na indústria. Também inspirou outros artistas a seguir seu próprio caminho e expressar sua própria voz, independentemente dos desafios e riscos envolvidos. O álbum foi considerado um dos melhores álbuns de 2013 por várias publicações, e um dos melhores álbuns da década pela Pulse Nigeria. Também foi incluído em várias listas dos melhores álbuns nigerianos de todos os tempos.
As lições aprendidas com a experiência da Brymo
A experiência da Brymo com Merchants, Dealers & Slaves nos ensina algumas lições valiosas sobre a indústria da música e a sociedade em geral. Algumas dessas lições são: - A importância de ter um contrato claro e justo com sua gravadora e entender seus direitos e obrigações como artista. - Os desafios e riscos de ir contra a norma e defender sua visão artística e integridade. - O potencial e o poder de usar a música como ferramenta de comentário e mudança social. - A necessidade de mais apoio e reconhecimento para artistas alternativos e independentes na cena musical nigeriana. perguntas frequentes
Aqui estão algumas perguntas frequentes sobre comerciantes, revendedores e escravos:
P: Merchants, Dealers & Slaves ainda está disponível para download?
R: Sim, você pode baixar o álbum de várias plataformas, como iTunes, Spotify, Deezer e Boomplay. Você também pode transmitir no YouTube.
P: Qual é o significado da capa de Merchants, Dealers & Slaves?
R: A capa de Merchants, Dealers & Slaves mostra uma imagem em preto e branco do rosto de Brymo com um código de barras em sua testa. O código de barras representa sua identidade como produto da indústria da música e da sociedade, e como ele está sendo vendido e comprado por diferentes forças.O tema em preto e branco significa sua luta para encontrar suas verdadeiras cores e sua liberdade.
P: Qual é o status do caso legal de Brymo com Chocolate City?
R: O caso legal entre Brymo e Chocolate City acabou sendo resolvido fora do tribunal em 2016. Os termos do acordo não foram divulgados ao público, mas ambas as partes expressaram sua satisfação e desejaram boa sorte uma à outra.
P: Qual é o último álbum do Brymo?
R: O último álbum de Brymo é Yellow, lançado em 1º de abril de 2020. É seu sétimo álbum de estúdio e seu primeiro projeto solo desde Merchants, Dealers & Slaves. É composto por 15 faixas que exploram temas como amor, vida, morte e humanidade.
P: Como posso entrar em contato com Brymo ou agendá-lo para um show?
R: Você pode entrar em contato com Brymo ou agendá-lo para um show por meio de seu site oficial www.brymolawale.com ou de suas mídias sociais @brymolawale no Twitter, Instagram e Facebook. 0517a86e26
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